quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O que é, o que é?

O que é, o que é que diminui as distâncias e alarga o campo de visão? Que cria uma tensão em torno das milhares de letrinhas saltando na tela? Que causa frio na barriga quando do aviso sonoro de mensagem na caixa de entrada do celular? Que causa sorriso espontâneo quando o visor pisca aquela palavra?

O que é, o que é que que vira pensamento recorrente? Que traz certeza de futuro do presente? Que cria entrelinhas e enredos, todos com finais felizes e sorrisos estampados? Que devolve colorido ao cinza impregnado? Que faz vulcão em deserto?

O que é, o que é que causa uma vontade persistente de dividir os acontecimentos da vida, ordinários e extraordinários? Que cria vontade de ficar perto e disponível sempre, para sempre? Que causa frio na barriga quando diante de confissões e de segredos? Que causa arrepio e ansiedade no silêncio partilhado?

O que é, o que é que causa medo e derruba redomas de proteção? Que pode até gerar tentativa de fuga do inescapável?  Que cria negativas para as evidências? Que submete a lógica e a racionalidade aos apelos estapafúrdios e insensatos do órgão que pulsa?

O que é, o que é que causa falta de ar, arritmia, espasmos, vertigem, tontura e moleza no corpo e não há remédio que cure? Que faz com que se queira testar a lei física de que dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço? Que transforma a maneira de ver o mundo ao redor e de se enxergar também?

O que é, o que é que devolve a auto estima? Que transmuta os ideias? Que converte convicções em absolutas incertezas? Que causa revisão de valores e prioridades? Que joga no rosto um sorriso bobo e um olhar perdido?

O que é, o que é que traz razão e sentido para viver e lutar?


Aquilo que dá no coração
E nos joga nessa sinuca
Que faz perder o ar e a razão
E arrepia o pelo da nuca
Aquilo reage em cadeia
E incendeia o corpo inteiro
Faísca, risca, trisca, arrodeia
Dispara o rito certeiro
Avassalador. Chega sem avisar
Toma de assalto, atropela
Vela de incendiar
Arrebatador. Vem de qualquer lugar
Chega, nem pede licença
Avança sem ponderar
Aquilo bate, ilumina
Invade a retina, retém no olhar
O lance que laça na hora
Aqui e agora, futuro não há
Aquilo se pega de jeito
Te dá um sacode pra lá de além
O mundo muda, estremece
O caos acontece não poupa ninguém
Avassalador chega sem avisar
Toma de assalto, atropela
Vela de incendiar
Arrebatador. Vem de qualquer lugar
Chega, nem pede licença
Avança sem ponderar...
(Lenine _ Aquilo que dá no coração)

2 comentários:

LuTTy disse...

Lenine é Lenine...
Também avassalador!
Bjs,
Lu

Mirys Segalla disse...

Morning, morning, sweetheart!

Amore, é o seguinte: tem selinho pra vocês lá no nosso blog! Não sou muito disso (pois fico com medo de mandar selinho para quem não quer ou não mandar para quem gostaria), mas hoje decidi declarar publicamente quem a gente lê e gosta.

Não preciso nem dizer que sou sua leitora SUPER FIEL, né?
Então, se quiser ir buscar seu selinho, passe por lá
http://diariodos3mosqueteiros.blogspot.com/2011/02/e-para-voce-o-que-e-importante-em-2011.html

Bjos e bençãos.
Mirys