sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

A melhor das hipóteses

Não dá mais para achar que temos todo tempo do mundo. A gente só tem o agora e o agora e o agora. Cada agora de cada segundo. Não quero dizer com isso que temos que viver queimando dinheiro, irresponsavelmente, atirando pela janela sonhos e planos, focando apenas no próprio umbigo e arriscando alto as conquistas que já se teve. Não é por aí. O que eu quero dizer é que a oportunidade que é apresentada nesse presente é única. Pode ser a última vez, pode ser a única chance, pode ser que nunca mais, pode mudar tudo depois disso.
 
Sim, é preciso se programar para vendavais, é preciso ser precavido e prudente, é preciso tomar decisões cruciais com cautela, mas não é por isso que a gente vai viver em uma redoma inquebrantável. Se algo muito bom se lança à sua frente, não cabe medo, não cabe covardia, não cabe titubear, não cabe. Arrisque! Se joga! Na pior das hipóteses, vai ter valido a tentativa. Na pior das hipóteses, vai ter história pra contar. Na pior das hipóteses, vai gerar gargalhadas. Imagine agora a melhor das hipóteses!
 
(Suspiro)

3 comentários:

Anônimo disse...

Marcele hoje seu texto foi um bálsamo para mim, pois estou com umas preocupações aqui e sei que vão passar, mas tem horas que dá vontade de sair correndo. O negócio é arriscar e depois esperar o depois.

Bjos
Lidiane

Isabelle disse...

Arriscar é preciso, faz parte da vida!! Mas às vezes é tão difícil,rs...Mas o resultado também pode ser tão bom!!
Bjo!!

Suelen Rauber disse...

Cele Querida!

Lembra que na nossa conversa no face eu te contei da conte que senti medo e ele me acarinhou ao invés de fugir?

Pois naquela noite, enquanto me abraçava, ele contou uma parábola budista que é mais ou menos assim:

"O homem sem iluminação vê o mundo da perspectiva de quem está num quarto escuro com uma cadeira a um canto, que tem uma gravata dependurada. Como está escuro e ele não enxerga, pensa se tratar de uma cobra, e sente muito medo, temendo verdadeiramente por sua vida. O iluminado já viu o quarto com clareza, e sabe tratar-se de uma gravata. No entanto, sabe também que, se ele acender a luz de repente, o homem que vê o mundo por meio do véu da ilusão vai se assustar tanto com a própria luz que pensará que a cobra estava mesmo ali, mas que fugiu, e seguirá sentiendo medo, porque agora ele nem sequer vê a cobra. Desta maneira, o homem iluminado usa o dímero, e aumenta apenas um pouco a claridade do quarto, para que o outro homem perceba por ele mesmo que aquilo não oferece perigo algum."

Naquele dia, Cele, ele usou o dímero comigo, e me mostrou que meus medos não tem razão de ser. Isso que a gente sente não pode nos machucar. Dói e assusta, mas não pode verdadeiramente causar mal algum.

É só uma gravata, querida. O que importa de verdade é a luz no nosso quarto.

Um beijo, Su.