Eu comecei 2011 no afã de que ele passasse mansinho. Comecei com o peso da tragédia que fez aniversário em janeiro, mas pedindo que ele corresse tranqüilo, sem sustos, sem sobressaltos. Eu bati meus pés em 2011 com a frase do Caio Fernando Abreu em mente: não precisa me surpreender, basta não me decepcionar.
Para o ano que se iniciava, era uma tarefa bem fácil ser melhor que 2010, quando meu mundo desmoronou. Sem expectativas, sem anseios, sem apostas, sem sonhos, 2011 tinha tudo para ser um ano normal, daqueles bem sem sal, nada demais para recordar. Não houve promessas de Ano Novo, não houve pedido para o Papai Noel e nem na hora da virada, não houve olhos fechados e oração para ser feliz, como eu costumava fazer até então. Eu só queria que ele gastasse suas horas, seus dias, suas semanas, seu meses até o fim, sem jogar minha vida no olho do furacão de novo. Lembro-me bem de um certo pânico no início e um cambalear da esperança que sempre me moveu, lembro-me do desejo que 2011 começasse e passasse, trazendo no seu tempo a superação, a resiliência e a vida nos eixos de que eu tanto precisava.
Porém, a vida é bordadeira de surpresas e nós não temos mesmo controle algum sobre o futuro. A vida é, por si só, cheia de acasos, de curvas no meio do caminho, de rotas contraditórias... É assim, caminhando, que se percebe que aquilo que parece completamente sem sentido no momento inicial acaba fazendo muito sentido lá na frente. Cada viés, cada revés, cada reviravolta que ela dá, traz em si um ensinamento; e é justamente no aprendizado diuturno que acabamos nos tornando mais capazes e preparados para encarar, reconhecer e agradecer o que é ofertado pelo caminho.
Nem sempre o que vem é o que se quer, nem sempre é do jeito que se planejou, nem sempre nossos desejos mais íntimos e mais verdadeiros são satisfeitos pelo simples fato de que não depende exclusivamente da nossa vontade e do nosso esforço. Mas ainda assim, vale a pena.
Eu não estava preparada para 2011, mas ele tinha muito mais reservado para mim e eu tinha esse anseio de conseguir superar e essa vontade danada de ser feliz de novo. Muito mais que calmaria, muito mais que paz, muito mais que recomeço, muito mais que mansidão, 2011 foi um ano de grandes lições. Tenho um rol de ensinamentos deste ano e divido com vocês:
Eu aprendi em 2011 que a m(p)aternidade é o maior de todos os amores que podemos sentir e que ele é capaz de operar milagres nas nossas vidas.
Eu aprendi em 2011 que coisas muito boas acontecem depois que coisas muito ruins aconteceram. É como recompensa, é como presente de Deus, é como anestésico que permite prosseguir, mas não tem nada a ver com merecimento. Ninguém merece coisas ruins, ninguém mesmo. E fazer tudo do jeito certo não significa estar imune a elas. Não nos é dado entender, mas é preciso olhar para frente SEMPRE com esperança.
Eu aprendi em 2011 que é preciso muito mais coragem para arriscar ser feliz de novo que para sobreviver ao pior momento, porque, depois da tempestade, há o medo, a dúvida, o incerto, a angústia e a insegurança de que o pior aconteça mais uma vez. Não é fácil ser feliz, mas é isso que justifica a nossa existência.
Eu aprendi em 2011 que é muito importante saber quem se tem na vida. A família estará por perto sempre, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza. Mais que isso: há amigos que são como irmãos e é maravilhoso compartilhar a felicidade deles e essa é uma forma de ir tocando em frente quando a alegria de viver desaparece.
Eu aprendi em 2011 que é preciso muito pouco para que seja doce, basta sentir profundo e aceitar o que for bom, que surge em forma de presentes muito bem disfarçados pelo nosso caminho.
Eu aprendi em 2011 que eu não poderia estar em nenhum outro lugar, que cada dor e cada sorriso eram exatamente o que eu tinha de enfrentar; e que há pessoas que entram nas nossas vidas para mudar o curso dos acontecimentos e para afagar nossa alma com o amor que acendem dentro de nós.
Eu aprendi em 2011 que é preciso paciência e persistência para que o sublime aconteça e que é permitido se sentir cansado de tudo no percurso, é permitido fraquejar.
Eu aprendi em 2011 que "não é impossível ser feliz depois que a gente cresce, é só mais complicado" e que tudo, absolutamente tudo, pode ser ressignificado, fazendo com que sejamos surpreendidos com o assalto da felicidade, aquela mesma que sempre se quis, que mais se buscou e que justifica nossa existência no mundo, aquela assim, no superlativo máximo possível.
Para o ano que se iniciava, era uma tarefa bem fácil ser melhor que 2010, quando meu mundo desmoronou. Sem expectativas, sem anseios, sem apostas, sem sonhos, 2011 tinha tudo para ser um ano normal, daqueles bem sem sal, nada demais para recordar. Não houve promessas de Ano Novo, não houve pedido para o Papai Noel e nem na hora da virada, não houve olhos fechados e oração para ser feliz, como eu costumava fazer até então. Eu só queria que ele gastasse suas horas, seus dias, suas semanas, seu meses até o fim, sem jogar minha vida no olho do furacão de novo. Lembro-me bem de um certo pânico no início e um cambalear da esperança que sempre me moveu, lembro-me do desejo que 2011 começasse e passasse, trazendo no seu tempo a superação, a resiliência e a vida nos eixos de que eu tanto precisava.
Porém, a vida é bordadeira de surpresas e nós não temos mesmo controle algum sobre o futuro. A vida é, por si só, cheia de acasos, de curvas no meio do caminho, de rotas contraditórias... É assim, caminhando, que se percebe que aquilo que parece completamente sem sentido no momento inicial acaba fazendo muito sentido lá na frente. Cada viés, cada revés, cada reviravolta que ela dá, traz em si um ensinamento; e é justamente no aprendizado diuturno que acabamos nos tornando mais capazes e preparados para encarar, reconhecer e agradecer o que é ofertado pelo caminho.
Nem sempre o que vem é o que se quer, nem sempre é do jeito que se planejou, nem sempre nossos desejos mais íntimos e mais verdadeiros são satisfeitos pelo simples fato de que não depende exclusivamente da nossa vontade e do nosso esforço. Mas ainda assim, vale a pena.
Eu não estava preparada para 2011, mas ele tinha muito mais reservado para mim e eu tinha esse anseio de conseguir superar e essa vontade danada de ser feliz de novo. Muito mais que calmaria, muito mais que paz, muito mais que recomeço, muito mais que mansidão, 2011 foi um ano de grandes lições. Tenho um rol de ensinamentos deste ano e divido com vocês:
Eu aprendi em 2011 que a m(p)aternidade é o maior de todos os amores que podemos sentir e que ele é capaz de operar milagres nas nossas vidas.
Eu aprendi em 2011 que coisas muito boas acontecem depois que coisas muito ruins aconteceram. É como recompensa, é como presente de Deus, é como anestésico que permite prosseguir, mas não tem nada a ver com merecimento. Ninguém merece coisas ruins, ninguém mesmo. E fazer tudo do jeito certo não significa estar imune a elas. Não nos é dado entender, mas é preciso olhar para frente SEMPRE com esperança.
Eu aprendi em 2011 que é preciso muito mais coragem para arriscar ser feliz de novo que para sobreviver ao pior momento, porque, depois da tempestade, há o medo, a dúvida, o incerto, a angústia e a insegurança de que o pior aconteça mais uma vez. Não é fácil ser feliz, mas é isso que justifica a nossa existência.
Eu aprendi em 2011 que é muito importante saber quem se tem na vida. A família estará por perto sempre, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza. Mais que isso: há amigos que são como irmãos e é maravilhoso compartilhar a felicidade deles e essa é uma forma de ir tocando em frente quando a alegria de viver desaparece.
Eu aprendi em 2011 que é preciso muito pouco para que seja doce, basta sentir profundo e aceitar o que for bom, que surge em forma de presentes muito bem disfarçados pelo nosso caminho.
Eu aprendi em 2011 que eu não poderia estar em nenhum outro lugar, que cada dor e cada sorriso eram exatamente o que eu tinha de enfrentar; e que há pessoas que entram nas nossas vidas para mudar o curso dos acontecimentos e para afagar nossa alma com o amor que acendem dentro de nós.
Eu aprendi em 2011 que é preciso paciência e persistência para que o sublime aconteça e que é permitido se sentir cansado de tudo no percurso, é permitido fraquejar.
Eu aprendi em 2011 que "não é impossível ser feliz depois que a gente cresce, é só mais complicado" e que tudo, absolutamente tudo, pode ser ressignificado, fazendo com que sejamos surpreendidos com o assalto da felicidade, aquela mesma que sempre se quis, que mais se buscou e que justifica nossa existência no mundo, aquela assim, no superlativo máximo possível.
* A Mirys me pediu para escrever um texto sobre o que eu aprendi em 2011, ei-lo. Depois, passem no blog dela, vai ter gente bogueira do bem escrevendo durante todo o mês de dezembro.
5 comentários:
Cele, passei pelo blog da Mirys e comentei lá. Em seguida vim olhar o seu blog. Gostei muito e já o estou seguindo e perseguindo (rs). Vou colar aquí o comentário que fiz no blog da Mirys:
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Mirys, parabéns pela fabulosa escolha. Já corri lá no blog da Cele e me juntei aos seguidores.
Cele, muito interessante a sua narração cheia de otimismo e lições de vida. Ainda em 2011 aprendi com a Cele que a vida, bem ou mal costurada, sempre VALE A PENA.
Muito carinho para vocês.
Bençãos e beijos.
Manoel.
1 de dezembro de 2011 19:09
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Beijo com carinho.
Manoel.
Belas e fortes lições de 2011, ver esse texto me fez pensar nas minhas lições de 2011, thanks, querida!!
Beijoo!!
Você é incrível! Escrever de uma forma forte e ,ao mesmo tempo, leve é encantador. Ler seu blog diariamente é um fortalecimento de espírito. Abraço!
Fico muito feliz por você, continuo na torcida! o carinho por vcoês 3 é mto grande, bj
Flavia
Fico super feliz por você! O carinho que tenho por vocês 3 é grande, continuo na torcida para que dê tudo certo!Bjs
Flávia Viana
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