quarta-feira, 29 de junho de 2011

Presentes

Eu acredito que não se tenha como evitar a dor, as catástrofes, as doenças e os acidentes. Eu acredito que tem coisas que estão muito além da nossa compreensão, não são justas, não fazem sentido, não trazem benefício algum e, para ser sincera, trazem embutida a sensação de que o mundo é caótico e que estamos vagando sem rumo no universo. Eu acredito que coisas ruins podem acontecer com qualquer um, em qualquer lugar, a qualquer hora. E elas podem derrubar no chão, podem fazer envergar o corpo, podem fazer caírem muitas lágrimas e plantar a sensação de vazio e solidão e desesperança no coração.

Assim como acredito que coisas boas estão espalhadas para nos surpreender pelo caminho. Eu acredito que há pequenos e grandes presentes caindo no nosso colo quando menos esperamos, quando nem era o momento, quando não estávamos procurando, quando não era conveniente. Chamo de presentes, mas podem ser considerados milagres, que fazem com que percebamos de novo alegria na vida, que facilitem a nossa caminhada, que devolvam a vontade de estar vivo e nos salvem da escuridão em que nos perdemos. Presentes perfeitos, embalados em papéis brilhantes e com um laço vermelho que abrimos com brilho nos olhos e a cada pedacinho descoberto sentimos o coração pulando de felicidade, acelerado, extasiado. Existem presentes espalhados no caminho de todos nós e não adianta procurar por eles. O incrível, a mágica, o fantástico é que eles chegam até nós de maneira surpreendente. Mas chegam e trazem consigo uma dose extraforte de esperança e razão de viver.

4 comentários:

Mari Hart disse...

Lindo só pra variar... e cheio de verdade!

Bjs!

Borbulhas Literárias disse...

Concordo completamente!!!

Patrícia Souza disse...

Lindo amiga, como tudo que você escreve.

Isabelle disse...

Perfeito!
Beijos