segunda-feira, 4 de julho de 2011

Nada a ver com nada

Todo dia eu marco o passo, eu bato o ponto, eu estendo os braços, eu cedo o ombro. Todo dia eu olho para frente, para o futuro sem esquecer do passado, da minha história, da minha vida. Eu costumo ter sempre em mente o que eu quero, o que eu tolero, o que eu não aguento. Busco aquilo que sinto que é para mim e fujo do que me parece atormentar o coração. Eu procuro me ouvir e me respeitar, porque ninguém, além de mim, é responsável por me fazer feliz. Eu sou o que eu sou, cheia de defeitos, cheia de impulsividade e vontade de viver. Eu sou o que sobrou depois uma vida feliz e de um coração estilhaçado repentinamente pela morte. Eu sou o que sobreviveu e, por isso mesmo, eu sou forte. Eu sou a cicatriz e o sorriso. Eu sou a esperança e o inconformismo. Eu sou a dor fininha, caladinha e perene e o amor que explode, que me cega, que entorpece os sentidos e devolve desejo de viver. Eu sou confusão e calmaria. Eu não sei mais se o caminho que sigo é o certo, mas eu sei que parada eu não fico mais.

3 comentários:

Naina disse...

somos mulheres que já sofreram e sorriem,tentam esquecer determinadas coisas para poder levar a vida adiante.
somos mukheres e isso basta.

Suelen Rauber disse...

Tu me inspira, Cele. Beijo grande.

Isabelle disse...

Essa vontade e consciência que a felicidade tá nas nossas mãos e é um dos maiores bens é escolher viver, é uma filosofia de vida e linda.
Beijo!!