Há essa ansiedade palpitando na minha alma, essa vontade urgente que faz com que cada poro da pele deseje o toque quente e preciso. Há um bater sem ritmo do coração e a sensação de que as pernas não respondem direito aos comandos cerebrais quando a voz sussurra em detalhes todas as intenções. Há um desejo contido à força, como uma represa pronta para jorrar e para ocupar cada milímetro do espaço entre os dois. Há essa força queimando por dentro, fazendo com que o corpo inteiro vibre numa sintonia nova e completamente desconhecida. Há esse filme em flashback e há essa gravação de áudio que, vez em quando, acelera e desacelara descoordenadamente a respiração e causam essas vertigens, tonturas, molezas inexplicáveis. Há uma confusão na mente e não há o mínimo interesse em frear anseio, desejo, vontade, querer algum. Há uma certa taquicardia e algumas centenas de milhares de borboletas fazendo revoada bem no centro do estômago. Há um pressentimento bom de que o melhor está por vir. E diante desse cataclisma de sentimentos, diante do sexto sentido que impele, diante da delícia que é sentir, não há razão, conselho, pé no chão, plausibilidade que impere.
Um comentário:
Perfeitas todas as descrições, mas nada que supere a similitude com as borboletas...
Pra mim, definitivamente, é a melhor metáfora...
Bjs e muitas borboletas!!!
LuTTy
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