"O tempo entrega a verdade. O tempo tira as máscaras. E você começa a reparar que a barriga dele está crescendo, a perna dela tem veias, ele se veste mal, ela sua no bigode. Começar a reparar numa celulite, numa preguiça para o banho. A se cansar do excesso de queixas, do excesso de carinho, de carência, do excesso de choro, de dias mal humorados. Ele arrota muito. Ela deixa o sapato na sala. Estraga comida. É pirangueiro. Tem chulé. Então você descobre que não quer viver o resto da vida com essa pessoa. E o erro é seu: você queria um amor cego.
Mas o amor não é cego. Ele é tudo, menos cego. O amor rochedo - aquele que, ao invés de dar inveja, dá esperança - enxerga tudo de ruim. E continua existindo. Existindo com estria, com ronco. Existindo com pagode, sertanejo. Existindo com bafo. Com peido. Com desculpas para não transar. O amor existe com dívidas, com liseu, sem férias. E mais: ele só existe, ele só acontece, quando os dois conseguem tirar as suas máscaras. Vai ver, sei lá, que ele só existe depois de 20, 30 anos."
FROM: http://elessabemdemais.blogspot.com/
E eu quero apenas tempo para descobrir isso, para testar a teoria, para experimentar o corroer e para tentar criar alternativas para viver o amor rochedo. Porque eu acredito mesmo que o tempo só destrói o que é frágil, o que é trôpego, o que é destrutível. Aquilo que é união com reciprocidade, via de mão dupla, vai e volta com a mesma força e intensidade, é rocha, é nó de marinheiro, é indissolúvel, é indestrutível. Eu não tive tempo de comprovar. E é só isso que eu quero para a próxima vez: TEMPO. Todo tempo do mundo.
2 comentários:
...sem muito o que dizer, só falo que o tempo é quase um deus de tão sábio, rs
beijo!
Também quero!!! Se encontrar a fonte, indica, tá?
Bjos e bençãos.
Mirys
www.diariodos3mosqueteiros.blogspot.com
PS: adorei o "da próxima vez"! É como uma brisa bem doce, um vento levinho, no 1o dia de férias... Que seja leve!
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