sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Quando o amor se tornou quadrangular




Eu já contei que eu não escolhi ser mãe, eu me tornei uma numa das reviravoltas que a minha vida deu. De repente, eu estava ali com marido, filho pequeno, dona de casa, trabalhando fora... De repente, muito de repente. Quando eu comecei a me acostumar com a nova rotina, o Thi já veio propondo que a gente tivesse mais um bebê. O Matheus ainda mamava e dava um trabalho enorme para pegar a mamadeira. Eu ainda estava bem acima do peso e queria emagrecer. Ele dizia que seria legal ter duas crianças bem pertinho assim, que eles cresceriam juntos, que seriam amigos. No argumento, pesava um pouco o fato dele ter sido o mais novo da família, a raspa do pote, com uma diferença de mais de quatro anos para a irmã do meio e mais de seis para o irmão mais velho.

Eu achava que era incapaz de dividir o amor que eu sentia pelo Matheus. Eu achava que não conseguiria amar mais ninguém da mesma forma que o amava. Mas meu marido era bem insistente quando queria muito uma coisa. Lembro bem que, no discurso do aniversário de um ano do Matheus - em 2007, ele disse que em 2008 teríamos outro filho. Lembro claramente de que, na noite do Reveillon de 2008, ele repetiu a promessa ante amigos e familiares e eu ri muito. A gente ia passar o carnaval em Salvador e eu tomava ainda anticoncepcionais, como ele podia estar tão certo de que teríamos outro filho ainda aquele ano?

A alegria dele em ser pai, a dedicação e o carinho, o amor que ele sentia pela família que nós estávamos construindo me convenceram a parar a pílula e abrir a possibilidade de mais um bebê. E eu engravidei quase que imediatamente. Thomás foi feito lá mesmo no Carnaval de Salvador e ao retornar, quando a menstruação atrasou um dia, um mísero dia, o Thiago mesmo fez uma requisição do Beta hCG e eu fui rindo, chamando ele de ansioso, fazer o exame de sangue no laboratório. À noite, em casa, eu já nem me lembrava que tinha ido, tão incrédula que eu estava, e ele, empolgadíssimo, entrou na internet para ver o resultado e POSITIVO! Foi assim que num mesmo 20/02, só que dois anos depois, o nosso amor se tornou quadrangular.

A torcida majoritária da família era para que viesse uma menina, mas guardo ainda as lágrimas do Thi quando descobrimos que era outro menino que viria e das palavras dele de que nossos filhos seriam muito amigos. E, quando a vida deu outra reviravolta, foi justamente esse pequeno que segurou as nossas pontas. Com sua inocência, com sua parca compreensão da realidade, por não carregar o peso da falta - tão óbvia e tão presente em mim e no Matheus, ele nos ajudou a ficar em pé. O amor que une meus dois pequenos é tão lindo de se ver e mataria de orgulho o pai, que sonhou desde muito antes com a amizade deles dois.

Hoje faz três anos que nos tornamos um quarteto. É lindo me ver nele e reconhecer traços da personalidade do Thi no Thomás, ainda que esse referencial não esteja presente no crescimento dele. É precioso ver a importância que ele tem para mim e na vida do irmão mais velho. Do jeito dele, com a pureza dele, com a leveza que só a inocência é capaz de proporcionar, ele fez cada um dos dias mais feliz.

Parabéns, Thomás! Que muitos outros anos sejam comemorados. Te amo muuuiiitttoooo, enooooorrrrme!!!

4 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns ao pequeno. Que ele seja muito feliz. Beijos

Selma Lessa disse...

E eu desejo como forma de presente saúde, saúde,saúde,saúde,saúde...
Lindas as fotos. Beijos Marcele.

LuTTy disse...

Cele, parabéns, mais uma vez, por tudo... Bjs Lu

Mirys Segalla disse...

Cele... você consegue emocionar SEMPRE!!!!

Parabéns ao pequeno Thomas mais amado desse mundo!!! Que a vida continue a lhe trazer boas surpresas e dias felizes!

Bjos e bençãos.
MIrys
www.diariodos3mosqueteiros.blogspot.com