Algumas decisões que se tem que tomar na vida são muito difíceis e trazem consigo um duplo sofrimento. Primeiro, decidir entre o que é ruim e o que é pior, por si só, já é angustiante. Segundo, porque se sabe que qualquer das duas opções acarretará dor. Sofre-se antes, durante e muito mesmo depois.
O que se deve tentar é deixar a cabeça sopesar os prós e contras, sem permitir que o coração tirano guie essas decisões. Porque entre o ruim e o insuportável, a distância é bem tênue e se perde algumas muitas lágrimas nessa escolha.
Pior ainda é quando a gente decide e torce, reza, cruza os dedos, esperando que surja magicamente uma terceira opção, que seria feliz e redentora, que seria sem sombra de dúvidas a melhor de todas. É que a força da esperança teima em aparecer quando passamos por esses momentos ruins. Mas a realidade é cruel e a terceira opção nem existe.
Quando é preciso escolher entre o ruim e o pior, é preciso pensar primeiramente naquilo que não vai destroçar a gente, naquilo que permitirá que se mantenha em pé, mesmo doendo. Quando se tem que decidir, a gente escolhe pensando somente naquilo que é capaz de aguentar. Quando se tem que decidir, fecha-se os olhos, encolhe-se o corpo, prende-se a respiração e vai com fé de que se sairá inteiro do outro lado.
Escolhe-se e dor, lágrimas, sensação de vazio e solidão. O que conforta é saber lá no fundo que isso também passa.
Um comentário:
Escolher é ruim mesmo, ganhamos umas coisas e perdemos outras...que o que se ganha seja superior...
:)
Postar um comentário